Por Arnaldo Alves
Neste mês, 12 funcionários do Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (IMEPI) completam 30 anos de serviços prestados, desde o dia 25 de outubro de 1993 - data em que o então governador do Piauí, Freitas Neto convocou para assinatura do termo de posse os aprovados em concurso público de metrologistas e auxiliares de metrologistas, do órgão recém-criado. Conheça a trajetória de alguns deles:
Mayra
Mayra Freire começou sua trajetória no IMEPI aos 22 anos de idade. Em 2005, a piauiense foi contemplada com o prêmio de melhor metrologista do Brasil pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e recebeu a comenda do Mérito Renascença das mãos do então governador do Piauí, Wellington Dias. Atualmente, Mayra é a chefe de fiscalização do setor de Pré-medidos do IMEPI.
"São muitas histórias vividas nesses 30 anos de luta. Muitas gestões que passaram e muitos amigos foram feitos nessa trajetória. Desafios no início quando nada era digital e tínhamos que redigir a punho todos os documentos, comerciantes que não aceitavam serem fiscalizados, mas nada disso foi motivo para desistir. O Pré-medidos sempre foi minha paixão", destaca.
Mayra Freire recebendo o prêmio de melhor metrologista do Brasil
Maria José
Desde o início, o IMEPI é considerado um órgão pioneiro no quadro de mulheres presentes em serviços de fiscalização. Maria José foi a primeira fiscal do Instituto a percorrer o interior do Piauí em vistorias em prol da população.
"No começo nós encontramos resistência, as pessoas não sabiam a importância da fiscalização do Instituto. Já trabalhei em diversas áreas na fiscalização de balanças, bombas, taxímetro, tacógrafos, entre outros, mas a área que mais me identifico é a avaliação da conformidade. Com as fiscalizações, a gente cuida da saúde e segurança das pessoas, além do meio ambiente", ressalta.
Gilberto
Gilberto Alexandrino ingressou no grupo de fiscais do IMEPI após mudar para Teresina com 18 anos de idade em busca de novas oportunidades profissionais.
"No começo não passava pela minha cabeça ser metrologista. Após aprovação no concurso, procurei me qualificar com os cursos do INMETRO e as vivências em cada lugar que a gente andava. Já trabalhei como inspetor da base de aferição, gerência de fiscalização e vários outros setores. Posso dizer que esse trabalho me engrandeceu muito como pessoa. Consegui criar meus filhos e construir uma família, fiz muitos amigos e pude conhecer diversos lugares com o meu trabalho", aponta.
Gilberto durante fiscalização
Geuseni
Após o fim do Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM) no Piauí - órgão de fiscalização da época - dona Geuseni passou cerca de dois anos no setor jurídico do IMEPI até começar a fiscalizar diversas regiões do Piauí.
"Como já trabalhava no INPM, fiquei quase dois anos ajudando o pessoal na assessoria jurídica. Somente depois disso fui à campo e pude conhecer o nosso Piauí. Me apaixonei pela fiscalização e vi que aos poucos o consumidor foi entendendo a importância do nosso trabalho", aponta.
Geuseni durante palestra sobre bombas medidoras
Auricelia
Maria Auricelia também fazia parte do quadro de funcionários do antigo órgão de fiscalização. Ela faz parte do quadro de servidores do Instituto até os dias atuais.
"Na época trabalhava como agente administrativo no setor de controle de documentos. Com a modificação do órgão, fizemos o concurso para metrologista em agosto de 1993 e no mês de outubro assinei o termo de posse. Sou grata pelo meu emprego e por ter uma boa relação profissional na indústria, comércio e com o consumidor", detalha.
Doris
Doris Sandra também integra o time de mulheres aprovadas. A profissional já atuou em diversas funções e conta sua experiência frente a grandes desafios.
"O IMEPI foi pioneiro em ter mulheres concursadas em seu quadro de fiscais. Das 10 vagas de metrologistas, cinco foram conquistadas por mulheres. Vi de perto o desenvolvimento do estado do Piauí, com o crescimento de pequenas fábricas e comércios, do cerrado com a produção de soja desbravei a fiscalização em balanças de pesar toneladas. Também presenciei outros momentos, como a entrada do IMEPI em fiscalizações na área da saúde e segurança, por exemplo", explica.
Doris e Gonçalo em vistoria de veículos com cargas pesadas
Marconi
Marconi Vieira conta que resolveu concorrer ao cargo de metrologista do IMEPI, por causa da sua professora do curso técnico em Mecânica.
"Soube do concurso através da Carmem, que era coordenadora na época do curso de Mecânica da Escola Técnica Federal do Piauí. Após a insistência dela, resolvi me inscrever e graças a Deus passei. Estamos aí na luta dia após dia com as fiscalizações em cada canto do Piauí", disse.
Marconi na base de aferição do IMEPI
Chaguinha
Francisco das Chagas, conhecido como seu Chaguinha, é um dos funcionários mais experientes do IMEPI. Atualmente com 74 anos, já trabalhou nos setores de Pré-medidos, Metrologia, Qualidade, além da base de aferição.
"Nós trabalhamos para defender o consumidor em diversas áreas. Hoje já tenho uma idade mais avançada e tenho imensa satisfação em saber que pude contribuir com o trabalho de fiscalização no Piauí", aponta.
Seu Chaguinha no setor da Qualidade
Além dos citados acima, outros quatros servidores integram o grupo de funcionários do IMEPI há 30 anos. São eles: Ricardo Mascarenhas, Paulo Guedes, Ferdinand de Jesus e Francisco de Assis.
