O Inmetro homologou o primeiro
sistema de medição eletrônica do Brasil. Este tipo de equipamento já era
comercializado no País antes de setembro de 2007, quando o órgão de metrologia
proibiu sua comercialização até que as empresas adequassem os produtos.
Após 20 meses de testes, a Landis+Gyr conseguiu homologar no dia 2 de julho o
produto SGP+M. O sistema tem tecnologia 100% brasileira e pode ser uma das
ferramentas para a implementação das Smart Grids no País. De acordo com o
gerente comercial da empresa, Ronaldo Paiva, a adoção do equipamento pelas
distribuidoras tem como benefício a redução dos custos operacionais, o combate
às fraudes, além de agilizar o atendimento aos clientes. O produto permite
também que a concessionária realize corte e religação de consumidores
remotamente.
Segundo Paiva, as concessionárias Light, Ampla e Celpa já manifestaram
interesse em reativar o sistema, com o qual elas já trabalhavam antes da
proibição de comercialização. “Outras empresas também já entraram em contato
conosco e esperamos fechar o ano com 200 mil novas ligações”, revelou à
reportagem do Jornal da Energia o diretor da empresa.
O SGP+M também permite que os consumidores acompanhem diariamente o consumo de
suas residências, o que, segundo Paiva, poderia estimular a conscientização do
consumo racional de energia elétrica.
O produto
O projeto SGP+M nasceu na fábrica da Landis+Gyr no Brasil em 1994, baseado em
experiências da empresa no resto do mundo e utilizando uma patente do CEPEL. Os
primeiros projetos pilotos do sistema de medição centralizada da Landis+Gyr
começaram em 1996, sendo que o mais importante foi o da Light que, entre 1998 e
2001, instalou mais de 12 mil pontos (unidades consumidoras) da solução.
Até a entrada da portaria nº 371 do Inmetro, que proibiu a venda e instalação
de sistemas de medição eletrônica de energia que não fossem homologados pelo
Inmetro, mais de 300 mil consumidores eram tele medidos pelo sistema da
Landis+Gyr.
Fonte: Jornal da Energia - Milton Leal
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